quarta-feira, 3 de julho de 2013

CABELOS/CALVÍCIE

A CIÊNCIA DO CABELO




Numa época marcada pela vaidade e a preocupação com a aparência, a calvície virou problema de interesse global. A queda capilar afeta mais de 2 bilhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, calcula-se que 40 milhões de homens sofram com a queda de cabelo. Aos 50 anos de idade,50% dos brasileiros ficam calvos. Essa proporção salta para 80% aos 80 anos. Em cada 100 homens calvos, 50 são brancos, 30 são "amarelos" e 20 são negros.
Queda capilar não é sinal de velhice cronológica.Entre jovens com tendência genética 80% desenvolve a calvície entre 24 e 26 anos de idade e outros 15% já apresentam sintomas aos 17 anos. Somente 5% ficam calvos depois dos 30 anos.


O cabelo tem um ciclo dividido em 3 fases:

Anágena(crescimento), que dura de 2 a 5 anos e compreende cerca de 90% dos fios;
Catágena (regressão), que dura aproximadamente 3 semanas e representa mais ou menos 1% dos fios;
Telógena/exógena (queda) que dura 3 a 4 meses e totaliza cerca de 9% dos fios.
Cada folículo passa através do ciclo do pelo de 10 a 20 vezes durante a vida de um indivíduo. Os fios crescem 0,4 mm por dia na porção superior do couro cabeludo e 0,35 mm nas laterais. O crescimento por mês é de mais ou menos 1 cm. Quando um fio de cabelo cai, um novo ciclo no mesmo folículo já se reiniciou.
Infelizmente, esse ciclo pode ser alterado ou interrompido pela queda capilar, gerando a temida careca.

EM MÉDIA UMA PESSOA TEM CERCA DE 100 MIL A 120 MIL FIOS DE CABELO. PERDER ATÉ 100 FIOS POR DIA É NORMAL.

Existem vários tipos de queda de cabelo. As mais comuns são:

GENÉTICA OU ANDROGÊNICA

Progressiva, resultado de um processo intracelular, representa mais de 95% da calvície nos homens e o afinamento de cabelo nas mulheres. Cerca de 50% dos filhos de pais calvos acabam perdendo o cabelo.

IMUNOLÓGICA

A alopécia areata, uma desordem do sistema imunológico, faz com que os folículos parem de produzir cabelo. Esse tipo de queda pode levar à perda total dos cabelos da cabeça e até dos pelos do corpo, como sobrancelhas e cílios. Ás vezes o cabelos cai em tufos. O problemas afeta 2 a 5% das pessoas, mas é reversível.

RADIATIVA/QUÍMICA

Surge devido à radiação em tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia, ou por causa de do uso de produtos químicos e medicamentos. A queda é revertida quando a causa é interrompida.

MÓRBIDA

Algumas doenças, como infecções por fungos, especialmente em crianças, podem causar a queda de cabelo.

CICATRICIAL

É a queda de cabelo causada por acidentes, cirurgias e certas doenças.

NUTRICIONAL

É a queda causada por deficiência nutricional. Por exemplo, uma pessoa profundamente anêmica, com falta de ferro no organismo, pode perder cabelo.

MECÂNICA OU TRAUMÁTICA

Resulta de constantes trações dos fios, rabo de cavalo, tranças, escovação excessiva ou até uma mania da pessoa.

EMOCIONAL

Em alguns casos, um elevado nível de estresse pode causar a perda do cabelo.

CIRCUNSTANCIAL

Alterações biológicas temporárias como infecção, gravidez e menstruação anormal, podem causar uma queda acentuada do cabelo, que os especialistas chamam de "eflúvio telógeno".

O problema da queda de cabelo não se limita aos homens. Cerca de 40% das brasileiras apresentam algum grau de calvície, que é geralmente caracterizada por uma rarefação no alto da cabeça, e mais difícil de ser percebida.

POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Infelizmente, ainda não existem tratamentos definitivos ou soluções perfeitas para a calvície. Por enquanto, as alternativas mais eficazes são os medicamentos e as cirurgias.
Entre os medicamentos destacam-se o minoxidil e a finasterida, cuja combinação parece melhorar o resultado.
Mas é bom lembrar que esses medicamentos, sozinhos ou combinados, não tem eficácia igual em todos os casos. Devem ser considerados também os efeitos colaterais. O minoxidil, pode causar dores no peito e a finasterida geralmente leva 5% dos usuários a perder a libido e a ter disfunção erétil.
O transplante pode ser uma solução interessante, mas depende muito da extensão da área doadora, da técnica usada, da habilidade do cirurgião e dos recursos financeiros do paciente.
A solução definitiva, que provavelmente virá de pesquisas na área genética, ainda está no futuro.
Enquanto isso, uma opção realística é aprender a conviver com a careca. Afinal, a vida não se resume a um monte de fios de cabelo.


FONTE: Revista VIDA E SAÚDE

POR: Wilma Domingues


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