quinta-feira, 4 de julho de 2013

EMERGÊNCIA

O FIM DA PICADA
MAIS DE 20 MIL PESSOAS SÃO PICADAS POR COBRA ANUALMENTE NO BRASIL.







Os acidentes ofídicos correm em todas as regiões e estados brasileiros, sendo um sério problema de saúde quando não atendidos de forma correta. Ocorrem com mais frequência no período de setembro a março, pelo aumento da atividade produtiva nos trabalhos do campo e das atividades de lazer. Nesse período, as serpentes apresentam maior atividade, devido à reprodução e pela melhora das condições de temperatura.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 75% dos casos notificados são atribuídos às serpentes do gênero Bothrops(jararaca), 7% ao gênero Crotalus(cascavel), 1,5% ao gênero Lachesis(surucucu), 3% a serpentes não peçonhentas (consideradas sem veneno, do tipo constritiva, como a jibóia), e 0,5% ao gênero Micrurus(coral).
Cerca de 70% dos pacientes são do sexo masculino e aproximadamente 53% das notificações, a idade situou-se entre 15 a 49 anos.
Apresentam mortalidade média em torno de 0,43%, mais frequentes nos acidentes com cascavel.

Se você se deparar com uma picada de cobra, saiba o que fazer:

MEDIDAS INICIAIS

Aja calmamente e procure transmitir tranquilidade ao paciente. Mantenha-o hidratado e aquecido.

Monitore os sinais vitais. Se possível, guarde a urina do paciente em frascos separados a cada micção. Alguns venenos afetam os rins, e pode ser importante ter ideia de como estava o sistema renal do paciente no início do processo; pelo menos meça o volume urinado.

Mantenha o paciente o mais imóvel possível. Se a picada ocorreu numa perna (70% dos casos) ou mão/antebraço (13%), imobilize o membro atingido. Procure manter o membro mais baixo que o corpo, para dificultar a progressão do veneno. Evite levantar a área afetada.

Caso haja hemorragia, faça hemostasia(estancamento do sangue) através de compressão local ou a distância.

Apos realizar hemostasia, procure resfriar a lesão e a área ao redor da mesma (use compressas úmidas frias ou com gelo) para diminuir a dor, retardar um pouco a progressão do veneno e diminuir os efeitos inflamatórios no local.

Ao fazer hemostasia use compressas para limpar a lesão, pois a boca da cobra contém bactérias, e esse procedimento diminuirá a chance de ocorrer infecção secundária. Tome providências indicadas para lesões perfurantes, lembrando-se de perguntar sobre a vacina antitetânica.

Providencie transporte para o hospital mais próximo, mantendo a vitima imóvel.Faça contato com o (CIT), Centro de Investigações Toxicológicas mais próximo, para as orientações necessárias.

Se a cobra tiver sido capturada(morta ou viva), leve-a junto com o paciente para acelerar a identificação do tipo de veneno, mas não perca tempo nem se arrisque a levar picadas tentando capturá-la.

Administre de imediato acetaminofen (Dôrico ou Tylenol) enquanto se prepara o transporte do paciente. Não dê antiinflamatório para reduzir o inchaço (um dos sintomas), pois isso pode fazer piorar a hemorragia(que pode ser consequência do veneno), aumentando as manchas roxas (equimoses), por sangramento interno.
Acompanhe o paciente para manter o atendimento e informe ao médico sobre medidas tomadas e a evolução do caso.
Não entre em pânico. O tratamento feito até três horas após a picada tem, na maioria das vezes, o mesmo nível de eficácia daquele realizado em menos tempo.


FONTE: Revista VIDA E SAÚDE

POR: Wilma Domingues.

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