segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

EMAGRECER



Só contar calorias não garante a perda de peso. Para conquistar contornos de dar inveja e mantê-los assim, o que vale mesmo é controlar o consumo de gorduras saturadas.

O tradicional prato brasileiro, arroz, feijão, bife, ovo e saladas, contém sim ingredientes necessários para uma alimentação salutar, mas essa típica refeição dificulta também as tentativas de afinar a cintura porque na matemática do emagrecimento, esse prato pouco calórico, apresenta alto índice de gordura saturada, e comidas gordurosas se transformam em pneuzinhos com mais rapidez do que as ricas em carboidratos. O risco de conversão em gordura corporal é de 96% para consumo de comidas gordurosas contra 46% para alimentos ricos em carboidratos.

A gente precisa sim de carboidratos para ajudar a acabar com a pança. Um subproduto dele é essencial na quebra de lipídios no organismo. Sem esse nutriente o corpo é obrigado a usar substratos provenientes da degradação dos músculos para dar cabo da adiposidade, ou seja, cortar calorias sem ficar atento ao que está sendo tirado do prato, pode resultar em perda de musculatura - um verdadeiro tiro no pé. O ponteiro da balanca cai mas a pança continua firme e forte lá. Vale lembrar que emagrecer não é só sinônimo de perder peso.

Cada alimento exige um gasto energético diferente para ser digerido. O carboidrato requer que o organismo queime até 20% das calorias desse nutriente para que ele próprio seja armazenado, enquanto a gordura saturada exige em torno de 3%.

O apetite também influi no sucesso de qualquer regime. O excesso de gordura saturada ativa o sistema imunológico causando inflamações por todo o corpo, dificulta a ação da leptina e da insulina, substâncias que quando agem na massa cinzenta, trazem sensação de saciedade. Também desequilibra a atuação de hormônios gastrintestinas responsáveis por quanto ingerimos numa refeição. Como resultado você ganha uma fome de leão, ingere porções cada vez mais fartas e mais engordativas.

O ideal é que a proteína entre na alimentação por meio de fontes pouco gordurosas como a soja e carnes magras. É importante ingerir fibras. Elas retardam o esvaziamento gástrico e reduzem os picos de insulina após uma refeição. Recorra a frutas, legumes, verduras e cereais integrais.

Fique atento à distribuição de refeições ao longo do dia, alimentando mais vezes com porções menores. Pratique atividades físicas para um resultado mais satisfatório e para a musculatura não definhar resultando em flacidez. Com menos músculos o gasto energético decai e qualquer escapulidinha na dieta resulta em aumento acima dos quadris. Sem contar que o exercício físico aumenta a adesão aos regimes. Não se prenda aos ponteiros da balança. O jeito mais eficaz é se controlar pelas roupas. Se você entrar naquele jeans guardado, antes apertado demais, é bom sinal.



Fonte: Revista SAÚDE


Por Wilma Gomes Domingues de Castro

Educador Físico - CREF - 014339 G/MG

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